O que é Obsolescência Programada?

O que é Obsolescência Programada?
O que é Obsolescência Programada?

A obsolescência programada é uma técnica utilizada pelos produtores para desenvolver, fabricar, distribuir e vender um produto de forma que ele se torne obsoleto ou não funcional em pouco tempo. Isso força o consumidor a adquirir um produto novo. Um caso muito conhecido dessa prática aconteceu em Genebra, quando um grupo de fabricantes de lâmpadas decidiram reduzir os custos de produção e a expectativa de vida dos produtos. As lâmpadas tinham duração de 2,5 mil horas, e passaram a durar apenas mil.

O conceito de obsolescência programada surgiu entre 1929 e 1930, na época da Grande Depressão. O objetivo era incentivar um modelo de mercado baseado na produção em série e no consumo. Isso estimularia a economia dos países. Algo parecido acontece hoje, quando o crédito é facilitado e o consumo é incentivado. É comum comprarmos aparelhos que, em pouco tempo, começam a apresentar problemas. Muitas vezes o conserto não é vantajoso e nos vemos obrigados a adquirir um novo.

O documentário “The Light Bulb Conspiracy” (A conspiração da lâmpada elétrica) apresenta situações onde há obsolescência programada. Um destes casos é o de uma impressora que apresenta problemas. Ao descobrir que não haveria conserto, o dono faz uma pesquisa e descobre que tinha um chip no aparelho que determinava sua duração.

 

Os problemas da obsolescência programada

A intenção de aquecer a economia pode até ser interessante. O problema é que isso – juntamente com outros fatores – pode provocar um consumismo que poderia ser evitado. Em agosto de 2018, haviam 63,4 milhões de inadimplentes no Brasil, segundo dados do SPC. Isso é equivalente a 41% da população adulta.

Outro problema ainda maior é o desperdício de recursos naturais e a produção de lixo, principalmente o eletrônico. Boa parte dos aparelhos eletrônicos é composto por materiais não biodegradáveis ou que levam um longo tempo para se decompor. Um exemplo é o chumbo: das 2,5 milhões de toneladas produzidas no mundo anualmente, três quartos desse total vão para a produção de baterias, utilizadas em carros, produtos eletrônicos ou nas indústrias, segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

Ainda segundo o Pnuma, o Brasil é o país emergente que mais gera lixo eletrônico por pessoa a cada ano. Estes dados alertam sobre a importância do descarte correto.

 

Soluções

Alguns governos já se mostraram preocupados e dispostos a tentar mudar essa situação. A Bélgica, por exemplo, aprovou no senado uma resolução que luta contra a obsolescência programada. Na França, um partido ambientalista apresentou no senado um texto que critica a produção de produtos com validade planejada. Foi criada uma lei que proíbe essa prática, e quem descumpri-la, pode ser preso e pagar uma multa.

Há também grupos que lutam contra isso. Um exemplo é o projeto Story of the Stuff (História das Coisas), que começou com um vídeo na internet e hoje é uma organização sem fins lucrativos que alerta sobre a obsolescência programada e o consumismo desenfreado.

Cabe a todos nós lutarmos contra isso a forma que é possível. Por mais difícil que seja ficar imune às estratégias de consumo, ainda podemos fazer a nossa parte evitando o consumismo e descartando produtos em locais adequados.

 

Fonte: eCycle

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